EXPERIÊNCIA SOMÁTICA


Desenvolvida pelo norte-americano Peter Levine, a Experiência Somática, do inglês Somatic Experience (SE®) trabalha na liberação de energias bloqueadas pelo sistema nervoso autônomo da pessoa quando houve trauma no sistema. 

Aqui o link da ABT, Associação Brasileira do Trauma https://www.traumatemcura.com.br/somatic-experiencing/oque-e, onde você encontrará uma explicação do que é o trauma e como essa incrível abordagem contribui para que possamos ter uma vida com mais integração e equilíbrio fisiológico, emocional e mental.

E como aconteceu a integração da Experiência Somática no meu trabalho terapêutico:

Logo após a conclusão de minha formação em constelações sistêmicas(2008/2010), comecei a atender individualmente e, um ano depois, iniciei com os grupos em Santa Maria/RS. 

Acredito que estudo constante e prática ética sejam chaves para uma boa formação profissional. Como terapeutas, necessitamos de algumas ferramentas para atender a inúmeras situações que são trazidas para o consultório. Buscando estudar aquilo que reverbera e faz sentido para mim, fiz um aprofundamento em uma das bases das constelações através da formação no Modelo Virginia Satir de Validação Humana (2017/2018). Virginia Satir, considerada a “mãe da terapia familiar sistêmica”, desenvolveu, entre inúmeras ferramentas aplicadas à terapia familiar, o trabalho das esculturas familiares, um dos alicerces das constelações de Hellinger.

A partir dessa segunda formação, integrei novas ferramentas ao trabalho. Por exemplo, se for oportuno, faço uma breve pausa na constelação e, sem tirar os representantes do campo, introduzo o que chamo de uma janela Satir no trabalho. Ela funciona [entre colchetes] e permite intervenções pontuais, que agem diretamente no desbloqueio de alguma questão que esteja impedindo o desenvolvimento da constelação no campo amplo.

Ocorre que, mesmo com o uso das eficazes ferramentas do Modelo Satir, já vinha percebendo que, de forma geral, os efeitos das constelações se apresentam dentro de padrões mais ou menos fixos. Identifiquei quatro padrões básicos, sintetizados a seguir. Deixo claro que a lista não é definitiva e outras variações possíveis podem vir a ser acrescidas.

Padrão 1 - Resolução direta do problema apresentado;

Padrão 2 – Resolução indireta, que fornece força para que o cliente se direcione para a solução que chegará mais adiante de forma integral ou como uma melhora perceptível da questão original;

Padrão 3 - Abertura e movimentação do campo da constelação, alívio notório do cliente durante o trabalho e, depois de um período variável, retorno do cliente a uma condição muito próxima ou idêntica ao problema original;

Padrão 4 - Campo aberto e possibilidade de movimentação, mas o cliente está paralisado, sem querer ou conseguir se movimentar na direção da solução.

Buscando uma forma de compreender o que acontecia nos padrões 3 e 4, cheguei ao trauma conforme é compreendido pela abordagem da SE. 

Seguimos caminhando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário