sexta-feira, 28 de junho de 2019

Tradução livre de um trecho do livro de Stephan Hausner - "Aunque me cueste la vida" - constelaciones sistémicas em casos de enfermidades y sintomas crónicos:


[...] Na resta dúvida que cada um recebeu algo de seus pais e também que cada um deixou de receber algo deles. Assim, tudo depende com o que cada um se vincula. Se consegue olhar para o que recebeu, sente-se obsequiado e, em consequência, também tem algo a dar. Se, por outro lado, permanece na exigência e se vincula com o que não pode receber, talvez sinta-se enganado pela vida e pelos pais: a leva mal, falta-lhe algo, e, como consequência, frequentemente não tem disposição ou não está em condições de dar. Com essa atitude, muitas pessoas tornam-se depressivas.

Estar em sintonia com os pais, significa tomar o que se recebeu e renunciar ao que não se pôde receber. Esta é uma verdadeira renúncia, já que ninguém pode tomar o lugar dos pais. O pai não pode substituir a mãe e a mãe não pode substituir o pai, os pais adotivos ou os tutores não podem tomar o lugar dos pais biológicos. Nem entre os casais se pode cobrir essas necessidades e, muitas crianças sofrem sob a projeção inconsciente de seus pais quando devem representá-los.[...]

[...]Segundo minhas observações através do trabalho de constelações com enfermos, muitos pacientes, inconscientemente, estão ligados em sua enfermidade ou sintomatologia por um desejo infantil e a retém por uma profunda necessidade de pertencer. Vivem e sofrem com a esperança de receber mais proximidade e afeto de seus pais, mais do que os pais lhes podem dar.

Portanto, parte do processo de cura seria renunciar a esse desejo de proximidade dos pais e, através da sintonia com eles e da própria tomada de responsabilidades, poder crescer até a autonomia de um adulto.

A esperança do paciente de que se cumpram esses desejos infantis poderia ser considerada inconscientemente como uma ganância que a enfermidade proporciona em sentido mais amplo[...]