Tradução livre de um trecho do livro de Stephan
Hausner - "Aunque me cueste la vida" - constelaciones sistémicas em
casos de enfermidades y sintomas crónicos:
[...] Na resta dúvida que cada um recebeu algo de
seus pais e também que cada um deixou de receber algo deles. Assim, tudo
depende com o que cada um se vincula. Se consegue olhar para o que recebeu,
sente-se obsequiado e, em consequência, também tem algo a dar. Se, por outro
lado, permanece na exigência e se vincula com o que não pode receber, talvez
sinta-se enganado pela vida e pelos pais: a leva mal, falta-lhe algo, e, como
consequência, frequentemente não tem disposição ou não está em condições de
dar. Com essa atitude, muitas pessoas tornam-se depressivas.
Estar em sintonia com os pais, significa tomar o
que se recebeu e renunciar ao que não se pôde receber. Esta é uma verdadeira
renúncia, já que ninguém pode tomar o lugar dos pais. O pai não pode substituir
a mãe e a mãe não pode substituir o pai, os pais adotivos ou os tutores não
podem tomar o lugar dos pais biológicos. Nem entre os casais se pode cobrir
essas necessidades e, muitas crianças sofrem sob a projeção inconsciente de
seus pais quando devem representá-los.[...]
[...]Segundo minhas observações através do trabalho
de constelações com enfermos, muitos pacientes, inconscientemente, estão
ligados em sua enfermidade ou sintomatologia por um desejo infantil e a retém
por uma profunda necessidade de pertencer. Vivem e sofrem com a esperança de
receber mais proximidade e afeto de seus pais, mais do que os pais lhes podem
dar.
Portanto, parte do processo de cura seria renunciar
a esse desejo de proximidade dos pais e, através da sintonia com eles e da
própria tomada de responsabilidades, poder crescer até a autonomia de um
adulto.
A esperança do
paciente de que se cumpram esses desejos infantis poderia ser considerada
inconscientemente como uma ganância que a enfermidade proporciona em sentido
mais amplo[...]